A wikipedia preceitua que "das várias definições de redundância contidas em um dicionário aquela que é reconhecida pelo senso comum se refere a excesso, repetição excessiva ou pleonasmo."
Uma informação pode ser passada de várias maneiras. Pela escrita, pela fala, pela música, por expressões corporais e etc.
Na música cantada dispomos da letra, melodia, harmonia, ritmo e interpretação como meio para passarmos determinada informação (ou emoção). Costumeiramente acontece que as informações são passadas de maneira redundante. Para encurtar o texto, pormenorizarei por meio de tópicos:
- Ritmo que perdura em todos os compassos;
- letra que se repete;
- melodia que não muda;
- harmonia óbvia e;
- interpretação idêntica.
Se não houver variação de alguns destes elementos no decorrer do tempo/compassos o que escutando não é uma música inteira mas sim um Loop! rs
Isto acontece com muita frequência! Versos idênticos, refrões gêmeos, melodias clones e arranjos repetitivos.
Claro que na música, um ou mais destes elementos podem não se alterar no decorrer da canção, mas convenhamos, para que escutar um refrão Ctrl C + Ctrl V? Um é absolutamente igual ao primeiro! Não houve mudança nenhuma de interpretação ou quaisquer alterações singelas de alguns dos elementos supracitados!
Se escutamos o primeiro evento (refrão, verso, solo, etc) e nada se altera, nenhuma nova informação nos é passada! Mas, se o evento é do estilo "copy-paste", ocorre verdadeira falta de oportunidade de emocionarmos e surpreendermos o ouvinte.
Alguns irão alardear que o refrão, por exemplo, foi feito assim pois tal elemento geralmente possui a intenção de fixar uma ideia musical. Concordo com isso, mas acredito que a música perdeu oportunidade de surpreender o ouvinte, pois nenhum mínimo detalhe se alterou.
Aqui está uma frase que repito muito: Se repetição idêntica fosse bom, bastaria escutar o som "harmonioso", "cativante", "sedutor" e repulsivo do metrônomo! rsrsrs
Muitas fezes o engenheiro de áudio da uma "garibada" na mixagem fazendo distinções de partes para compensar o arranjo repetitivo. Neste momento, o engenheiro de áudio está fazendo papel de produtor e, por muitas vezes, de músico, pois em que pese o fato de não tocar nenhum instrumento, os sequenciam (seja por meio de edições ou por mid).
Finalizando, não é o sonzão que faz uma música ser interessante para os ouvintes é o ARRANJO. Trabalhemos para proporcionar uma experiência auditiva aprimorada! No cozer dos ovos, o que separa a "música arte" da "música para vender", são os detalhes!
inté!
descobri a pouco teu blog e achei muito bom!
ResponderExcluirconcordo plenamente com você, por isso sou louco o suficiente para ainda amar o rock progressivo, e as músicas que ainda trazem algo de progressivo na essência.
desculpa aí, esqueci de assinar!
ResponderExcluirHoracio Oliveira.