quinta-feira, 6 de maio de 2010

Redundância no arranjo musical

Mais um post com opinião pessoal. Aceito críticas e discórdias (fundamentadas, rs), pois é assim que crescemos e aprendemos. :)

A wikipedia preceitua que "das várias definições de redundância contidas em um dicionário aquela que é reconhecida pelo senso comum se refere a excesso, repetição excessiva ou pleonasmo."

Uma informação pode ser passada de várias maneiras. Pela escrita, pela fala, pela música, por expressões corporais e etc.

Na música cantada dispomos da letra, melodia, harmonia, ritmo e interpretação como meio para passarmos determinada informação (ou emoção). Costumeiramente acontece que as informações são passadas de maneira redundante. Para encurtar o texto, pormenorizarei por meio de tópicos:

  • Ritmo que perdura em todos os compassos;
  • letra que se repete;
  • melodia que não muda;
  • harmonia óbvia e;
  • interpretação idêntica. 

Se não houver variação de alguns destes elementos no decorrer do tempo/compassos o que escutando não é uma música inteira mas sim um Loop! rs

Isto acontece com muita frequência! Versos idênticos, refrões gêmeos, melodias clones e arranjos repetitivos.



Claro que na música, um ou mais destes elementos podem não se alterar no decorrer da canção, mas convenhamos, para que escutar um refrão Ctrl C + Ctrl V? Um é absolutamente igual ao primeiro! Não houve mudança nenhuma de interpretação ou quaisquer alterações singelas de alguns dos elementos supracitados!

Se  escutamos o primeiro evento (refrão, verso, solo, etc) e nada se altera, nenhuma nova  informação nos é passada! Mas, se o evento é do estilo "copy-paste", ocorre verdadeira falta de oportunidade de emocionarmos e surpreendermos o ouvinte. 

Alguns irão alardear que o refrão, por exemplo, foi feito assim pois  tal elemento geralmente possui a intenção de fixar uma ideia musical. Concordo com isso, mas acredito que a música perdeu oportunidade de surpreender o ouvinte, pois nenhum mínimo detalhe se alterou.

Aqui está uma frase que repito muito: Se repetição idêntica fosse bom, bastaria escutar o som "harmonioso", "cativante", "sedutor" e repulsivo do metrônomo! rsrsrs


Muitas fezes o engenheiro de áudio da uma "garibada" na mixagem fazendo  distinções de partes para compensar o arranjo repetitivo. Neste momento, o engenheiro de áudio está fazendo papel de produtor e, por muitas vezes, de músico, pois em que pese o fato de não tocar nenhum instrumento, os sequenciam (seja por meio de edições ou por mid).

Finalizando, não é o sonzão que faz uma música ser interessante para os ouvintes é o ARRANJO. Trabalhemos para proporcionar uma experiência auditiva aprimorada! No cozer dos ovos, o que separa a "música arte" da "música para vender", são os detalhes!

inté!

2 comentários:

  1. descobri a pouco teu blog e achei muito bom!
    concordo plenamente com você, por isso sou louco o suficiente para ainda amar o rock progressivo, e as músicas que ainda trazem algo de progressivo na essência.

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  2. desculpa aí, esqueci de assinar!

    Horacio Oliveira.

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