segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Tratamento acústico. Para que realmente serve!?

Se eu soubesse que a acústica da salas de audição, gravação, mixagem ou masterização é mais importante que os equipamentos que estamos usando, teria gasto muito menos dinheiro!
Num local ideal, quando a caixa de som reproduz o áudio, as reverberações e as interferências seriam mínimas.
  • Reverberações - sons que refletem em superfícies que não os absorvem completamente.
  • Interferências - Quando uma onda sonora se encontra com outra (refletida ou não) ela causa cancelamentos e aumento de sinal.
Na foto, pode-se observar duas fontes distintas gerando ondas que interferem-se mutualmente, cancelando-se e aumentando-se.

A final de contas, para que tratar a sala? Não poderia mixar apenas em um fone de ouvido? Não!
Como já disse em posts anteriores o ouvido humano não escuta bem determinadas frequências. E para piorar, as frequências NÃO são escutadas da mesma forma! Ex: Quando abaixamos o som do carro, os graves e os extremos agudos vão sumindo. Já reparou isto?

Com o fone, pelo fato da origem sonora estar bem próxima do ouvido, escutamos mais os graves e os extremos agudos, só que não mixamos apenas para fones. Mixamos para caixas acústicas também. Desta forma, quando soar bem nas caixas acústicas, irá soar bem nos fones, mas o inverso não é verdadeiro.

Quando escutamos sons em locais fechados acontecem alguns fenômenos. O som que é originado da caixa é refletido por todas as superfícies (parede, teto, chão, móveis, etc, ocorrendo cancelamento de fase), o som demora para acabar (reverb) e o som vaza (de dentro para fora e vice-versa) e algumas frequências, por conta da geometria da sala, são amplificados.

Para arrumar esse inconveniente precisamos de alguns recursos que postarei em seguida.
Os tratamentos acústicos serão do tipo, faça você mesmo gastando o mínimo de dinheiro! rs
Até lá.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O que faz uma música ser um hit?


Olás. Fiquei um tempo sumido. Mas agora voltarei com os post regulares.

O que faz a música ser um Hit?
Para dissertar sobre isso friso que falo sobre música! Aquela que foi feita com esmero, dedicação, técnica, arte, empenho e outros adjetivos que qualificam a música arte. (Não estou falando de Créu e nem do Bate com a bunda, e eles são "hits", rs)

Quando falo de Hit, não falo da música ser popular (tocar demasiadamente na rádio ou ser artisticamente pobre). Qualquer estilo musical tem seu hit. (Ex. Enter Sandman é um hit do Mettalica)

Vamos nós com os tópicos, rs

  • Tempo em média de 3.2 minutos - Nos dias atuais, com a facilidade de baixar e com a oferta de música, sinto que uma música demasiadamente longa desanima a pessoa escuta-la até o final. (você gosta de ler posts muito grandes?
  • Introdução - Outra coisa que desinteressa o ouvinte (fiz uma pesquisa grande sobre isto) são as introduções demoradas. Quatro compassos são ideais. Mas, cuidado com as introduções veladas! Ex: Uns efeitos, mais intro de guitarra, depois entra a banda e, quando o vocal canta o groove é outro. Ué, já foram 3 introduções! Para que a danada da guitarrinha no início? rs (Isto acontece demais!!)
  • Groove/levada - Sem levar em conta, ainda, a melodia, preste atenção se a levada está realmente fazendo o que a música propõe. Ex. Já escutei uma música super animada e com a letra séria e triste e com riffs de guitarra jocosos. Isto não é um paradoxo?
  • Letra - Esta aqui é uma coisa complicada. Ninguém precisa ser (ou consegue ser) um Chico Buarque da vida! Mas preocupe-se com a passagem da mensagem. A final de contas você está falando algo para alguém ou é para você mesmo? Uma letra simples é ponto extra. Sobre letra simples clique aqui:
  • Melodia - Cuidado, carinho e dedicação com esta aqui. Assobie ou solfeje a melodia sem cantar a letra para ver se ela está emocionante o bastante. (Quando falo de emocionante, refiro-me a todas as emoções. Raiva, ódio, amor, indiferença (esta aqui costuma deixar a música "morna", alegria, indignação e etc). Nem precisa dizer que a melodia tem de ter coerência com a letra! Não é? rs
  • Execução - Com a facilidade de gravar e editar, a musica tem de ser impecável. Sério mesmo! Ninguém perdoa baterista atravessando o tempo, vocal semitonando, baixo e guitarra acelerando! (Fica tranquilo em usar o auto-tune ou afins. Não temos $$ para ficar tentando gravar o take perfeito! Tenho certeza que você consegue cantar/tocar absolutamente afinado, rs) O importante é conseguir fazer igual ao vivo. Fábio Enriques, (engenheiro de áudio) disse que mixagem é igual a salsicha. Quem vê fazendo não compra! rs
  • Ainda quanto a execução, já ouvir dizer que quando se executa bem se perde a emoção ou quando a música é muito bem executada perde a "pega"! (- Minha música é "toscona" mesmo). Dá para fazer isso tudo com os instrumentos afinados, no tempo e ainda sim ter a interpretação "roqueira"! Ou você acha que Mettalica, AC/DC e Iron não tocam "certinho"?
  • Mixagem e masterisação - Mix e master NÃO arruma arranjo ruim. O que é arranjo ruim? São aqueles mal executados, constantes/monótonos (nada acontece no decorrer da música, para que escutar até o final então?) e, principalmente, aqueles arranjos que todos tocam tudo todo o tempo! Disse sobre contraste em outro tópico.
Bacana. Depois de tudo isso calibrado é sinal que sua musica tem grandes chances de ser um hit, correto? ERRADO!

Temos ainda que correr atrás de nosso público para divulga-la. E não fique triste se não houver resposta positiva, tente novamente! Tem muita gente tentando fazer hits e só conseguem pela insistência e lapidação perene!

E porque um hit é legal? É um cartão de visitas! Conheci vários trabalhos bacanas por conta dos hits. NINGUÉM tem mais tempo de escutar um CD inteiro ou seis musicas de assimilação demorada no MySpace. Estas músicas são depuradas com o tempo, se você já "aceitar" o trabalho da banda.

Mande para mim os seus Hits! Escutarei com o maior carinho. Agora, se mandar um link do Myspace com todas as músicas e por ventura escutar uma de "assimilação mais demorada", pode ter certeza que eu e MUITA gente irá abandonar a sua página e "nunca" mais voltar.

Frisa-se que estas opiniões são PARCIAIS, experiências minhas! E eu sou um eterno aprendiz.
O que você tem para me ensinar?
Comente aí!
Abraços!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Turbine seu PC para produção de AUDIO


Bisbilhotando pela net a procura de programas para produção de Audio. Deparei-me com este GameBooster.
É um programa gratuito voltado para jogos.
O que ele faz? Desliga todos processos do computador que não são úteis para jogos. Tal como impressão, indexação, etc.
Acontece que as DAWs (Digital Audio Workstation) também se beneficiam deste desligamento, deixando assim, mais processamento e memória para nossos amados plugins.
Baixe aqui...


Sugestões de frequências para os instrumentos, equalização.

Estava procurando algumas imagens para o meu próximo post, que será sobre equalização.
Quando deparei-me com estas tabelas.
Hoje, são quase de domínio público, pois circulam indiscriminadamente na net.
Entretanto, as reconheci imediatamente. São do livro "Guia de Mixagem" do engenheiro de audio Fábio Henriques. Os livros deles são excelentes, vale a pena adquiri-los. Estão aqui...
Agora que a justiça foi feita (rs), coloco as tabelas aqui. Com todos os créditos para Fábio Henriques, que as criou!
Podemos tirar 10% de cópia de um livro, lembra-se da lei?







Dicas de compressão de audio

Primeiramente, para que comprimir?

A verdade nua e crua é que nosso ouvido não é muito bom, rs. Ele escuta frequências com intensidades diferentes e não "gosta" de alterações de intensidade sonora muito rápidas.

Quando falamos em compressão de audio não estamos na verdade "diminuindo" a sensação sonora. O que realmente acontece é o oposto. Escutamos o som com maior "pressão".

Vamos entender para que serve as funções básicas dos compressores.
  • Threshold » A partir deste ponto o compressor começará a atuar (o que ele irá fazer a partir deste ponto será estabelecido nas funções abaixo)
  • Ratio » Taxa de compressão aplicada (estabelecida pelo threshol)

  • Attack » Quantidade de transientes (picos percussivos) que vc deixará soar. Ex: Aumenta ou diminui o som das palhetadas (picos mais fortes) de um violão. OBS. Nem sempre muita percussividade é bom. Lembre-se que o som de um violão, por exemplo, é feito dos ataques (palhetadas) e as notas que ressoam. O attack serve para equilibrar um e outro na mix/ao_vivo.
  • Release » Indica o tempo que o compressor ficará atuando.
  • Makeup ou gain » Ganho(aumenta a intensidade geral do som)
Você pode estar pensando que são muitos parâmetros! Sendo assim, para não comprimir meio as cegas, segue algumas dicas.
Fisa-se que nem tudo precisa ser comprimido. Apenas se sentir algo "sumido" no meio da mixagem/ao_vivo.
  1. Primeiramente gosto de equalizar, para que o compressor não seja disparado por frequências que não considero úteis.
  2. Solo o instrumento a ser comprimido.
  3. Depois coloco o Ratio e, 2:1 (Poderei fazer ajustes melhores depois)
  4. Ajuso o Threshold para que ele comece a atuar (Você escutará ou visualizará no mostrador) Cuidado para não "amassar" muito o som.
  5. Depois disso, regulo novamente o Ratio, ao meu gosto, se perceber que a compressão esteja demasiada ou insuficiente.
  6. Calibro o Attack para deixar aparecer mais a percussividade do instrumento ou não. Quanto maior o Attack maior o número de transientes. Se for muito alto, quase compressão nenhuma será realizada.
  7. Agora configuro o Release para não deixar nenhum "buraco" na compressão. Na prática, você irá saber o que quero dizer com "buracos" de compressão. Soa como se em determinado momento o compressor deveria agir mas não o faz. (É o que realmente acontece).
  8. Agora a "mágica" acontece. Depois que estiver tudo ajustado, coloco todos os intrumentos para tocar e ajusto o Makeup/gain (cuidado para não saturar). Daí o instrumento irá se destacar. Caso não se destaque, confira novamente a equalização. Cuidado para não fazer "corrida de faders". Ir aumentando os volumes, cada hora de um intrumento.
O instrumento naturalmente se destaca pois as alterações de volumes entre uma nota e outra, serão menores.
OBS - Cada compressor coloca um "colorido" diferente no som, escolha o seu.
Existem outros botões em alguns modelos de compressores caso queiram saber, podem perguntar.
É isso aí!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Crítica artística, você faz?


Participo de excelente comunidade virtual que debate assuntos relacionados à musica independente em Minas Gerais. A Uai Rock. Amadureço artisticamente devido a troca de experiências entre as pessoas que dela fazem parte.
Hoje aconteceu uma discussão muito bacana, versava sobre a crítica negativa de trabalhos artísticos/musicais alheios.

A questão mais importante da discussão consistiu no tempo em que se gasta enaltecendo trabalhos ruins no lugar de se estudar música e divulgar trabalhos bons.

Aqui, depreende-se dois pontos: A uma, quais os critérios objetivos utilizados para fazer uma crítica musical, a duas, criticar negativamente trabalhos ruins te prejudica?

Quanto aos critérios objetivos, acredito que a maioria das pessoas envolvidas diuturnamente na produção musical (Estou falando dos "UAI Roqueiros") sejam capazes de criticar. A questão é, deve-se criticar? (por conta da repercussão negativa que isto causaria).
Ainda sobre a questão dos critérios objetivos, para que não seja apenas uma argumentação fundamentada no gosto pessoal, indico a Escala Musipontos criada por Dennis Zaznicof. Esta escala estipula critérios objetivos bastante interessantes. (Claro que há alguma subjetividade na pontuação, entretanto, é uma excelente ponto de partida).

Quanto à repercussão de sua crítica, depreciar trabalhos alheios é prejudicial a você? Acredito que SIM. Concordo com o posicionamento de alguns integrantes do grupo UAI Rock. Seria melhor enaltecermos os bons trabalhos e continuar-mos a estudar música.

Entretanto, como todos nós, sou falho! Tem dias que acordo bastante sensibilizado (todo artista é assim, não é?) e fico muito chateado como trabalhos artísticos realmente ruins (analisados objetivamente. Letra, arranjo, interpretação, gravação, etc) estão sendo consumidos tal como água, no lugar de trabalhos excepcionais, que por muitas vezes morrem no anonimato.
Resumindo. Criticar negativamente é ruim, cria uma aura negativa e te impede de progredir! Mas, quanto a mim, sempre haverá o dia em que ficarei puto da vida e criticarei a tal bandinha e a tal reboladeira, SIM. No meio tempo, continuarei a estudar e praticar.

E você?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ensaio, questões polêmicas


ATENÇÃO - Neste post irei colocar MINHAS opiniões a sobre forma de ensaiar. Com as suas opiniões, sempre amadureço, então por favor, opinem.
  • Chegar no horário. O tempo do outro é tão importante quanto o seu. A pessoa se atrasar cronicamente desanima a todos, e o ensaio não rende.
  • Sobriedade. A milhões de defensores que a maconha e afins avivam a criatividade. Em contraponto, acabam com a execução. Quando estamos no mundo da sensibilidade exagerada, não percebemos, talvez, que nossos colegas estão desgostando do ensaio.
  • Alguns irão dizer que a solução seria, todos ficarem "ligados". Daí, a execução geral ficará "desligada".
  • Na hora de timbrar os instrumentos harmônicos (ex: guitarra, baixo, teclado), deixe o amplificador flat, e equalize a seu gosto no instrumento. Quando chegar no melhor som possível, "construa" uma mix ao vivo, explico:

  1. O baterista toca e"sente" a resposta da sala. Se há muito reverb, é melhor tocar mais fraco (mesmo que isto signifique tocar MUITO fraco, a interpretação está também no sentimento, não apenas na força que se toca o instrumento)
  2. O baixista toca junto com o baterista equilibrando o volume dos dois instrumentos. (cuidado com a "corrida de volume", as vezes abaixar a intensidade sonora o audio ficará muito mais agradável de ser ouvido, mesmo porque o amplificador do contrabaixo tem limites a força do baterista não!)
  3. Neste ponto, verificar se o som do contrabaixo não embola com o som do bumbo. Caso aconteça, fazer cortes na equalização do amplificador para que os dois soem nítidos. (Frisa-se, mixar não é deixar o som individual maravilhoso, mas sim o conjunto)
  4. O baterista para de tocar para equilibra-se os instrumentos harmônicos. Poderão haver grandes cortes de graves na guitarra, para que o baixo apareça (caso contrário, para que baixista? rs) (Isto causa bastante "nariz torcido" entre os guitarristas, entretanto, é preço baixo a se pagar para que a banda soe bem)
  5. Quanto a voz. Se possuir um equalizador só para ela, faça o seguinte. Corte TUDO abaixo de 80 hertz (a voz humana não "fala" nesta região), com isso, irá tirar a sujeira (manipulação do mic, barulho de ar condicionado, realimentação dos instrumentos)
  6. Se o som da voz ainda não estiver bom, tente fazer pequenos ajustes, cortando algumas frequências. Aumentar as frequências irá colocar timbre que a voz não "fala" (a não ser que esta seja a intenção)
  7. Só coloque reverb se realmente precisar. De um "grito" forte e curto para ver se a sala/casa noturna/plateia já não tem reverb natural suficiente.
  8. Peça para todos tocarem e, equilibre o volume (novamente, cuidado com a corrida de volume, abaixar pode ser a melhor solução). Caso o conjunto sala/equipamento/reverb natural impeçam uma boa audição da voz, é hora de todos abaixarem a intensidade sonora.
É isso.
Discordam, concordam?
Qual a sua sugestão?

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Gravando e mixando contrabaixo elétrico


Como no post anterior, postarei as dicas em forma de tópicos para facilitar a leitura.
Neste momento da gravação, suponho que a bateria já esteja gravada e EDITADA, tudo no tempo e executado como deveria ser! rs

  • A velha celeuma sobre gravar em linha ou com amplificador. Por incrível que pareça o som em linha é mais grave comparado ao som gravado no amplificador, mas o som amplificado tem a "personalidade" do ampli (que também pode ser considerado um instrumento);
  • Como não tenho grande gama de amplificadores, gravo em linha com uma direct box, faço uma cópia da track e processo com um simulador para dar personalidade ao som. Depois misturo, ao meu gosto, as duas faixas.
  • Quanto aos simuladores, acho-os excelentes. (porque só dar valor ao engenheiro que criou o amplificador! E os que criaram os pligins, não tem valor? rs)
  • Na hora de timbrar seu instrumento, use as opções de equalização apenas dele. O equalizador do amplificador/plugin só causará emboleira no som. Pense, se o seu instrumento não "fala" naquela região, não adianta simular isto. Troque de instrumento ou aceite o timbre.
  • Você pode perguntar para que serve o equalizador do amplificador. Use-o para fazer cortes de frequência, para isto, servem muito bem. Nuca para aumenta-las.
  • Uma dica bacana é utilizar o analisador de espectro que eu postei anteriormente e dar um "print" na tela. Será útil na hora de mixar. (você saberá em que região o seu instrumento está "falando" e comparar com outro para fazer cortes, caso estejam muito intenso nas mesmas frequências.
  • Encare o slap como instrumento diferente. Não use a mesma equalização. Tem uma primeira nota muito intensa e depois a ressonância da corda. Use um limiter na gravação para não clipar o som.
  • NUNCA USE REVERB NO CONTRABAIXO! Os graves já são difusos por natureza! Não aumente isto não, vai embolar sua mix.
  • Depois que gravar o som, use um plugin de equalização e corte tudo abaixo de 25 hertz e tudo acima de 9000 hertz. Só têm sujeira nesta região.
  • Uma atenuação em 300 hertz descongestiona a mix, dando espaço para os outros instrumentos, mas o som "solado" do contrabaixo fica mais fraco. Mas não estamos Mixando?
  • OBS. Mixar bem não é ter todos os sons o lindo possível individualmente (efeito mascaramento), mas sim tudo o que foi gravado aparecer na mix e, também, haver contraste (post antigo sobre este assunto)
  • DICA de OURO - Edite o baixo na mão tentando colocar todas as notas com mais ou menos o mesmo volume, depois use um limiter! Irá ouvir o som do baixo presente em toda a música.
É isto aí!
Dúvidas serão respondidas!
Comentem!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Gravando e mixando guitarras


Neste post irei escrever apenas sobre as guitarras de POP e Rock ("poprock" n existe para mim, rs). Outros estilos soam diferentes, a exemplo das guitarras de jazz, são mais graves e veladas.
Irei colocar as dicas em tópicos para o post não ficar muito grande e cansativo.


  • Só microfone a guitarra se tiver conjunto, microfone, cabos e ambiência, satisfatórios. (80 % das vezes, você não tem);
  • Caso não tenha, use uma direct box e grave em linha, valendo-se de pluguin simulador de amplificador (não adianta torcer o nariz para estes plugins, soam melhores comparado a alguma deficiência apontada no primeiro item;
  • Dê preferência de gravar a guitarra sem reverb. Coloca-lo depois é muito fácil, tirar é difícil. (Reverb afasta o instrumento do ouvinte e, um eco curto, o aproxima)
  • Grave cada linha de guitarra duas vezes, para depois serem separadas totalmente no panorama;
  • Depois de separa-las no panorama, verifique se houve cancelamento de fase (o som fica fraco e o timbre muda) use o medidor de correlação mostrado no post anterior;
  • Caso haja cancelamento de fases, diminua a percentagem do panorama nas faixas das guitarras;
  • Lembre-se, quando se escuta o instrumento sozinho, o som abrange um espectro sonoro muito grande, na maioria dos casos deverá ser realizados cortes de frequências para não conflitarem com outros instrumentos;
Quanto a compressão das guitarras, falarei eu um post específico.

Duvidas? Podem perguntar! Responderei a todas.

Até o proximo post!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Analisador de espectro e outros (download)


É fato que, montar um home studio é relativamente simples.
Precisamos de um computador relativamente bom, um interface de áudio (placa de som), um par de monitores de audio. Entretanto, sempre falta $ para o tratamento acústico adequado.
Você, assim como eu, desconfia do que está escutando na sua monitoração?
Utilize este analisador de espectros para ajudar-te.

Possui uma faixa que vai de 16 hz até 20000 hz. De quebra, ainda vem com medidor de correlação (sabe aquela dobra de guitarra separada no estéreo? Será que não está cancelando a fase?); Vem com medidor de pico, para analisar-se a tão almejada sensação de "pressão" sonora e, finalmente um medidor de estéreo, para fazer o correto panorama de sua mix.
OBS: Ele não é um plugin VST. Funciona em paralelo com sua DAW (digital audio workstation, ex. nuendo). Liga-se os dois programas simultaneamente.

LEMBRE-SE QUE OS COMENTÁRIOS SÃO AS "PALMAS" PARA O BLOGUEIRO. Por favor, comentem. Perguntas serão respondidas.
Abraços
Até a próxima.
Download aqui
Senha @minerio
PS - Não faça dinheiro com "warezed programs"!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Dicas de gravação e mixagem de voz


Todos os instrumentos estão gravados, o engenheiro de áudio já fez uma "levantada" básica no som, e agora você irá gravar a voz.
Alguns cuidados devem ser analisados. A escolha de microfone condensador com cápsula grande é veementemente recomendada. O microfone condensador capta mais rapidamente os transientes (ataques) que o vocalista faz, fazendo assim que o som fique mais claro e com o adorado peso.
Não gosto de "amassar" muito a voz, gravando-a com um limiter/compressor. Apenas coloco um limiter em -3 db de Threshold (ponto em que começará a atuar) para que não haja cliping (distorção digital).
Não é uma boa estratégia equalizar a voz, (salvo nos casos de backing vocals, tirando-se o grave para ficar no fundo), caso não goste do timbre, troque o microfone ou troque o vocalista. rs
Uma dica bacana do engenheiro de som Fábio Enriques, no livro Guia de Mixagem vol 2, é girar "o controle de frequência até a posição 3 horas. Agora gire o controle de frequências deste trexo do equalisador até que o som fique o mais feio possível." Depois que achar este ponto, atenue-o. Isto serve para diminuir a ressonância da sala onde a voz foi gravada.
Não é necessário gravar a voz em uma cabine. Pelo contrário, uma sala mais ampla é soa muito mais ambientado. Para atenuar as ressonâncias indesejáveis use uma mini cabine ou construa uma. Saiba como aqui:
Na hora de mixar, é legal usar um limiter para que a voz fique destacada dos outros instrumentos. Cuidado para não exagerar, confie no seu ouvido!
É isto! Abraços

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Contraste, um dos segredos de uma boa mix

No post anterior indiquei uma tabela de frequências que ajudará bastante para identificar as notas fundamentais do instrumento e seus harmônicos (ex. O lá 440 hertz é a nota fundamental, os harmônicos que são outras frequências agregadas, definem o timbre do intrumento).
Claro que não estou falando deste contraste aqui! rs

Estou falando do contraste entre os instrumentos.
Para haver o famoso "sonzão" que todos almejam desesperadamente em suas músicas, têm de existir contraste entre os instrumentos. Entretanto, não dá para existir contraste quando acontece o mascaramento. Explico com um exemplo. O contrabaixo têm sua abrangência uma oitava abaixo comparado com a guitarra. Se o guitarrista aumenta demasiadamente o parâmetro grave de seu amplificador, irá criar harmônicos artificiais que competiram com o som do contrabaixo. A guitarra sozinha soa maravilhosamente bem! Infelizmente, o ouvido humano não consegue distinguir duas frequências muito parecidas. Daí, quando o contrabaixo começa a tocar, a região que a guitarra esta ocupando artificialmente, não se distingue muito bem o som dos dois instrumentos, soa uma embolação.
Como resolver isto? Cada um em seu espaço.
No próximo post farei uma síntese de alguns macetes que aprendi.
Até.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Tabela interativa de frequência dos instrumentos



Outro dia estava procurando uma tabela de frequência dos instrumentos. Uma tabela que me mostrasse quais frequências eu teria que atenuar, para que o instrumento não ficasse embolado com os outros numa mix e, quais valores eu poderia realçar, para dar mais contraste ao áudio. (farei um post sobre CONTRASTE, uma das coisas mais importantes de uma mix e pouco abordada)
Achei esta tabela AQUI, muito bacana, espero que gostem. Boas MIXs.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Manual de sobrevivência no mundo digital



Conforme o autor, Leoni, "o Manual pode ser baixado de graça, distribuído, compartilhado, publicado em blogs, sites e jornais. Só peço que não deixem de dar a fonte para que eu possa concentrar os comentários e críticas num só lugar."

Baixar

Adesivos de teclado para Nuendo e Cubase

Faça seus próprios adesivos para teclado (teclas de atalho) para seu Nuendo ou Cubase. Eu fiz.
Primeiro coloquei contact, recortei e colei com cola bastão. Não solta!
Ficou assim:

Faça o download das teclas aqui.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Vergonha alheia, você já sentiu?


No post anterior falei como tive a ideia de fazer a letra, Vergonha alheia.
Resumindo, vi uma cena que me embaraçou muito na televisão, comecei a rabiscar um papel com tudo que vinha em minha mente e, tentava escrever na velocidade que as coisas iam aparecendo.
Quando terminei de escrever, havia um aglomerado de palavras que, as vezes, fazia algum sentido.
Fiquei um pouco frustrado com as coisas que havia escrito. Neste meio tempo, a campainha tocou. Era minha irmã. Ela reparou que eu estava chateado e, perguntou-me. - Que cara era esta?
Fiz meu papel de irmão e respondi. - Estou com vergonha de você!
Depois disso, consegui concluir a letra. Usei um acontecimento e fundi com o outro.
PS - É uma letra despretensiosa, não tem a intenção de ser nenhum "tratado da inteligência". Relata apenas um sentimento alguns de nós possuímos.
Ficou assim:

"Pergunto-lhe:
Vergonha alheia,
diga lá se você já não sentiu?
Por nós passeia,
de qual lugar o tormento surgiu?

A vergonha alheia,
diga lá se você já não sentiu?
E por ser alheia,
desconcerta até quem não assistiu!
Pois bem,
deu vontade de mudar o canal,
desliguei!

A quem afeta não se importa
fique atento a sua volta
Leve em conta que não falo apenas de você
Sem delonga chega e invade
e então que cara é está?
não há nada que pare a
a vergonha de você


A vergonha alheia,
diga lá se você já não sentiu,
Desencadeia,
um mal estar que você jamais viu!
Eu já,
deu vontade de mudar o canal,
desliguei!

Então,
toca a campainha fui atender.
Que cara é esta?
To com vergonha de você!"

No próximo post falarei sobre a gravação do baixo elétrico da música vergonha alheia.

Bloqueio criativo, já passou por isso?


Bloqueio criativo. Todo mundo já passou por isso, não é? Eu já fiquei assim várias vezes. Entretanto, uma pequena técnica que eu vi por aí, funciona muito bem para mim. Pego um papel e caneta e escrevo tudo que vem em minha cabeça. TUDO MESMO, não me preocupo se faz sentido ou não. Aos poucos vou lapidando o texto e assim consigo ter algum resultado.
Em minhas férias de 2007 (fazia 6 anos que eu não tirava férias) estava em casa, com o pé quebrado (isto mesmo, quebrei o pé nas férias) assistindo ao programa da Penélope na MTV.
Era um programa ao vivo, gravado na rua, em que ela perguntava esporadicamente algo para os que ali estavam.
Num destes questionamentos, o rapaz que estava respondendo "enterrou" a mão dentro de sua cueca e ficou ali, coçando seu "patrimônio".
Quando me lembro daquela cena, me contorço de vergonha até hoje.
Tente visualizar: A Penélope com o microfone na mão fazendo perguntas e, o rapaz, coçando literalmente o saco na frente das câmeras para o Brasil todo assistir.
Neste momento, pensei: Isto merece uma música.

Peguei um papel e caneta e fui descrevendo como louco aquela situação. Friso! Escrevi do jeito que as ideias vinham em minha cabeça e, tentava anotar na mesma velocidade que pensava. (podem ter noção do garrancho, né?)
E aí? Quais são seus métodos para se desbloquear? Conte para mim!
No próximo post irei falar um pouco mais desta letra. "Vergonha alheia"

Até lá!